
“Meu filho não aceita ajuda. Posso interná-lo à força?”
Internação Involuntária no Brasil. Essa é uma das perguntas mais buscadas por familiares que enfrentam o drama da dependência química ou de transtornos mentais graves. A internação involuntária, apesar de controversa, é legal no Brasil – mas só pode ser usada em situações específicas e com respaldo médico.
Neste artigo, você vai entender:
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✅ O que é internação involuntária
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✅ Quando ela é permitida por lei
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✅ Como funciona o processo
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✅ Quais são os direitos do paciente
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✅ Como encontrar ajuda confiável
O Que é Internação Involuntária no Brasil?
É a internação feita sem o consentimento do paciente, solicitada por terceiros (geralmente familiares), com avaliação médica obrigatória, e usada em situações onde a pessoa representa risco à própria vida ou à vida de outros, ou está completamente sem discernimento.
O Que Diz a Lei? (Atualizada em 2025)
A internação involuntária é regulamentada pela Lei nº 13.840/2019, que alterou a Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006). Ela prevê:
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A internação deve ser justificada por laudo médico.
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Só pode ocorrer em estabelecimentos de saúde autorizados.
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A família ou o responsável legal deve ser notificada em até 72h.
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O tempo máximo é de 90 dias, com revisão contínua.
Quando é Permitido Internar Alguém Sem Consentimento?
Internações involuntárias são legalmente permitidas quando:
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A pessoa está em risco iminente de morte (por overdose, automutilação, psicose grave).
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Há perda total de discernimento da realidade.
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A pessoa recusa ajuda voluntária, mesmo estando em condições de saúde mental gravíssimas.
Como Fazer a Internação Involuntária no Brasil Passo a Passo
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Identifique a urgência do caso: risco à vida ou surto?
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Procure um psiquiatra ou clínica especializada legalizada.
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Solicite uma avaliação médica (obrigatória por lei).
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Com o laudo em mãos, autorize o pedido formal da internação.
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O responsável pela clínica deve notificar o Ministério Público em até 72h.
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A internação pode ser interrompida a qualquer momento, caso o médico ateste melhora.
Importante: Internar sem laudo médico ou em locais ilegais pode configurar crime de cárcere privado.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Internar alguém contra a vontade é legal?
Sim, desde que haja laudo médico, risco iminente e que a clínica esteja registrada nos órgãos de vigilância sanitária e saúde.
Precisa de ordem judicial?
Não. A internação involuntária não exige decisão judicial, diferente da compulsória, que é feita por ordem do juiz.
O SUS cobre esse tipo de internação?
Sim, em casos graves e com laudo médico, o SUS pode encaminhar para hospitais públicos ou conveniados.
Caso Real: “Salvamos meu irmão da morte com a internação involuntária”
“Meu irmão usava crack há anos. Após uma overdose, conseguimos interná-lo mesmo contra sua vontade. Hoje está limpo há 18 meses graças a Clínicas Lopes. Foi doloroso, mas necessário.”
— Ana Carolina, 32 anos, São Paulo/SP
Onde Encontrar Ajuda
Se você precisa de ajuda agora, aqui estão algumas opções:
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CAPS – Centro de Atenção Psicossocial: Atendimento gratuito pelo SUS.
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SAMU 192: Em casos de surto psicótico ou risco de vida.
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Clínicas particulares legalizadas: Procure sempre por registro na Vigilância Sanitária e equipe com CRM válido.
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Defensoria Pública do seu estado: Para orientações jurídicas gratuitas.
Conclusão: Internar não é abandonar — é salvar
A internação involuntária é uma medida extrema, mas muitas vezes é o último recurso para proteger quem amamos. Com respaldo legal e apoio médico, ela pode ser o primeiro passo para uma nova vida.
“Escolher a internação involuntária não é desistir de alguém — é estender a mão quando ele já não consegue mais pedir ajuda.”
“Às vezes, amar é tomar decisões difíceis. Internar é um ato de coragem, não de rejeição.”
“Salvar uma vida começa com um gesto firme: dizer ‘chega’ ao sofrimento e sim à recuperação.”