Tipos de Tratamentos

A Doença da Dependência Química
Entenda o uso abusivo de drogas
Pode ser entendido como um padrão de uso que aumenta o risco de consequências prejudiciais para o usuário. O usuário recreativo se não orientado será um abusador e sem dúvida EM UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO um dependente.
Dependência
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID), o termo “uso nocivo” é aquele que resulta em dano físico ou mental, enquanto no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) “abuso” engloba também consequências sociais.
No quadro seguinte encontra-se uma comparação entre os critérios de dependência referidos nas classificações do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e da Classificação Internacional de Doenças. Esses dois sistemas de classificação facilitam identificar o dependente de substância psicoativa. Veja com atenção os principais tipos de tratamentos:
Internação para Dependentes Químicos
Em diversos casos, um dos principais tipos de tratamentos é a internação. A internação para dependentes químicos deve ser a melhor das opções, tanto para o indivíduo, quanto aos familiares. O universo das drogas apresenta uma série de novas características, obscuras no interior de nosso subconsciente. Infelizmente, nem sempre os seus usuários enfrentarão as drogas como elas realmente são e o que causam para a sua saúde. Um dos maiores motivos para isso, é a identificação de dependência química apenas para drogas mais conhecidas e declaradas (álcool, maconha, crack), e acabam desconsiderando outras substâncias tóxicas – e logicamente químicas – como sustentadores de vícios químicos.
Para todos os casos, a dependência química não é uma condição que se deve relacionar ou manter um controle, mas sim eliminá-la de maneira efetiva para que esta nunca volte a agir no organismo de seu usuário novamente. O problema é alcançar aos dependentes que desenvolvem o vício para outras substâncias e acabam não aceitando sua condição como viciado, agravando a situação e dificultando uma possível recuperação, mas com a internação para dependentes químicos isso é possível.
E para todos os usuários de drogas e outras substâncias, é fundamental ter em mente a necessidade em iniciar atividades de reabilitação. Para algumas substâncias o tratamento deverá ser pautado ainda mais rápido, porque os males escondidos por trás do vício podem ser ainda mais fatais do que aqueles que conhecemos. Nos casos que existe a alteração de personalidade em decorrência do consumo de droga, é recomendada a internação para dependentes químicos.
Internação Involuntária
A internação involuntária para dependentes químicos em comunidades terapêuticas é um dos principais tipos de tratamentos. É um procedimento que ocorre contra a vontade do indivíduo e visa tratar a dependência de substâncias. Aqui estão os principais aspectos desse processo:
Critérios para Internação Involuntária:
- A internação involuntária pode ser solicitada por:
- Familiar ou responsável legal.
- Servidor público da área de saúde, assistência social ou órgãos públicos relacionados ao tratamento de drogas.
- Essa decisão deve ser baseada na avaliação do tipo de droga usada, padrão de uso e na comprovação da impossibilidade de outras alternativas terapêuticas.
- A internação involuntária pode ser solicitada por:
Duração Máxima:
- A internação involuntária tem um prazo máximo de 90 dias.
- Durante esse período, o dependente químico recebe tratamento na comunidade terapêutica.
Plano Individual de Atendimento (PIA):
- Independentemente do tipo de internação, é necessário montar um Plano Individual de Atendimento.
- Esse plano é elaborado com a participação dos familiares e visa traçar estratégias específicas para o tratamento do paciente.
Equipe Multidisciplinar:
- As comunidades terapêuticas devem contar com equipes multidisciplinares.
- Essas equipes incluem profissionais de saúde, assistentes sociais e outros especialistas.
Informação e Fiscalização:
- Todas as internações e altas devem ser informadas ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização.
- Isso garante a transparência e o cumprimento das normas.
A internação involuntária é uma medida extrema, mas pode ser necessária em casos em que o dependente não reconhece sua condição ou está em risco. O objetivo é promover a recuperação e a reintegração social do paciente.
1. Desintoxicação
Ao iniciar o tratamento para dependência química, o paciente passa por uma série de exames laboratoriais para saber como está seu estado físico e se a droga atingiu algum de seus órgãos. Durante esta etapa, o paciente será assistido de perto pelos médicos, e pela equipe de enfermagem, passando por um processo medicamentoso para amenizar os efeitos da abstinência e acelerar o processo de desintoxicação.
2. Conscientização
Nesta etapa, o paciente restaura seus valores afetados pela dependência química, estabelecendo condições para absorver as modificações, e com o apoio da equipe técnica consiga desenvolver habilidades necessárias, e utilizar as ferramentas úteis para estabelecer uma nova maneira de pensar e viver.
3. Reinserção Social
Na última fase do tratamento, o paciente trabalhará com as dificuldades de ressocialização apresentadas durante todo o processo. A conscientização do retorno à sociedade será exercitada com toda a equipe, para enfrentar as dificuldades existentes (pós-internação) e também quanto ao que deve ser evitado. O apoio familiar é fundamental para o sucesso.